Exposição realizada em Uberlândia classifica 30 animais Mangalarga Marchador para a etapa nacional da raça

A 57ª Exposição Estadual de Minas Gerais do Cavalo Mangalarga Marchador aconteceu entre os dias 30 de março e 1º de abril, no parque de exposições Camaru em Uberlândia-Mg, com participação de mais de 100 animais. Os vencedores das 30 categorias julgadas nos três dias receberam R$ 20 mil em prêmios, além de se classificarem para a Exposição Nacional da raça que acontecerá no mês de julho, em Belo Horizonte.

O título de melhor criador/expositor foi conquistado em Uberlândia por Antônio Renato Venceslau Rodrigues da Cunha, do Haras AR, de Uberaba-MG. O animal Campeão dos Campeões de Marcha na exposição foi Demente EMP, do expositor Luciano Martins Andrade, do Haras EMP, do município de Nova Serrana-Mg. Já entre as fêmeas, a Campeã das Campeãs de Marcha foi Tesoura DBG, do expositor Thiago de Souza Vaz, do Haras H.S.V., de Uberlândia-Mg. Os resultados completos da exposição podem ser conhecidos no site www.3barras.com.br.

A prova foi organizada pelo Núcleo Marchadores do Triângulo e Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM), em parceria com o Sindicato Rural de Uberlândia. Para Jonas Oliveira, diretor de eventos da ABCCMM, a exposição retornou para Uberlândia em 2017 pelo grande potencial que a região tem para o criatório do Mangalarga Marchador. “Esta é uma região forte na pecuária e o parque oferece estrutura com pistas amplas e gramadas para os julgamentos, estrutura de arquibancadas e baias que são importantes para que possamos fazer uma exposição forte e premiada”, disse. “Este é um evento realizado pelo Núcleo Marchadores do Triângulo que tem um grande apoio do Sindicato Rural com empenho de seu vice-presidente Gustavo Galassi”, concluiu.

Para Sidney Pimenta Alvim, presidente do Núcleo Marchadores do Triângulo a estadual foi feita novamente em Uberlândia a pedido no Núcleo por ser uma área onde a raça tem se expandido muito nos últimos anos com crescimento significativo no número de criadores. “Esse ano a competição repetiu o sucesso de 2016 com animais de excelente nível, o que reforça a possibilidade de mantermos a estadual na cidade em 2018”, afirmou. “Um dos fatores que favorecem a vinda da estadual pra cá está vinculada a estrutura excelente que temos no parque, além da facilidade de acesso para regiões de São Paulo, Belo Horizonte e Brasília”, concluiu o presidente do Núcleo.

Os árbitros escalados para a competição deste ano foram Roberto Alves Ribas e Breno Correa e Castro, que julgaram morfologia e andamento, respectivamente. A coordenação dos trabalhos em pista foi feita pela 3 Barras Promoções, com admissão dos animais feita por Bethoven Magalhães.

 

Os Grande Campeões da 57ª Exposição Estadual de Minas Gerais do Cavalo Mangalarga Marchador foram:

 

Grande campeã jovem da raça

Animal: Califórnia H.S.V.

Expositor: Thiago de Souza Vaz – Haras H.S.V. – Uberlândia – Mg

 

Grande campeã adulta da raça

Animal: Tesoura DBG

Expositor: Thiago de Souza Vaz – Haras H.S.V. – Uberlândia – Mg

 

Grande campeão adulto da raça

Animal: Xavante Fórum

Expositor: Vicente Bretz da Silva – Haras Fórum – Pedro Leopoldo – Mg

 

Campeã das campeãs de marcha

Animal: Tesoura DBG

Expositor: Thiago de Souza Vaz – Haras H.S.V. – Uberlândia – Mg

 

Campeão dos campeões de marcha

Animal: Demente EMP

Expositor: Luciano Martins Andrade – Haras EMP – Nova Serrana – Mg

 

Informações e resultados completos: www.3barras.com.br

 

 

57ª Exposição Estadual de Minas Gerais do Cavalo Mangalarga Marchador acontecerá em Uberlândia

A Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM) e o Núcleo Marchadores do Triângulo, em parceria com o Sindicato Rural de Uberlândia, realizarão a 57ª Exposição Estadual da raça, de 30 de março a 01 de abril, no parque de Exposições Camaru. Mais de 120 animais já estão inscritos para a prova que terá participação de criadores mineiros e de outros estados, como Goiás e São Paulo. A abertura oficial do evento será nesta quinta-feira (30), às 8 horas, seguida do inicio dos julgamentos de morfologia e marcha da categoria potros.

 

Avaliações de morfologia e marcha de animais adultos acontecem a partir das 14 horas de quinta-feira e também na sexta-feira (31) durante todo o dia. A conclusão desta categoria acontecerá na parte da manhã de sábado (01), na sequência, a partir das 14 horas, serão julgados os Grandes Campeonatos machos e fêmeas da raça, principal premiação da prova.

 

Na última edição do evento, também realizado em Uberlândia em 2016, com mais de 200 animais na pista de julgamentos, o título de Grande Campeão adulto da raça e Campeão dos Campeões em marcha ficou com ‘Radical da Seriema’, do expositor Daniel Borja, de Jaboticatubas-MG. Já a Grande Campeã fêmea adulta foi ‘Quixote Vitória’, do expositor Jorge Ferreira da Silva, do Haras Quixote, em Itu-SP. Entre as fêmeas, ‘Ternura do Yuri’, do criador Yuri Engle, faturou o título de Campeã das Campeãs em marcha.

 

 

Mangalarga Marchador um cavalo multifuncional

O Mangalarga Marchador é um cavalo de sela e obedece aos padrões internacionais. Trata-se de um animal que pode ser usado para cavalgadas, lida no campo, passeios e competições de marcha. No esporte, a raça é utilizada em enduros equestres, Team penning e Provas de Maneabilidade, Baliza e Tambores. O Marchador também é muito requisitado na equoterapia.

 

A docilidade é uma das suas importantes características, permitindo que possa ser montado por crianças, jovens, adultos e idosos. Ressaltam-se ainda o rendimento, a rusticidade – um cavalo que se adapta a qualquer tipo de clima e solo – além de ser um animal resistente.O andamento, pode ser de Marcha Batida ou Picada. Trata-se de um andamento natural, simétrico, a quatro tempos, com apoios alternados dos bípedes laterais e diagonais, intercalados por momentos de tríplice apoio, que proporciona ao cavaleiro maior comodidade.

 

As principais características da raça definidas no Padrão Racial são: porte médio; temperamento ativo e dócil; cabeça triangular com fronte larga e plana, olhos afastados, salientes e expressivos; tronco forte, profundo e arqueado; membros corretos, bem aprumados e articulados e grande qualidade de movimentos.

Confinamento para o gado de leite

O Compost Barn é uma modalidade de confinamento que vem sendo utilizada para o gado leiteiro em propriedades rurais brasileiras desde 2011 como sistema alternativo ao conhecido free stall, onde vacas são mantidas em espaços reduzidos. No caso do Compost Barn há uma grande área coberta onde as vacas leiteiras podem se alimentar, descansar, além de circularem pelo ambiente em meio aos outros indivíduos.

O manejo melhora o conforto e o bem estar de vacas leiteiras gerando maior produtividade e sem interferência na qualidade do leite, um grande gargalo do rebanho especializado em regiões tropicais. A particularidade do Compost Barn é o uso da “cama” orgânica de palha de arroz, serragem ou material similar para cobrir o piso do estábulo, que posteriormente vira adubo.

De acordo com informações da Embrapa, cerca de 300 produtores brasileiros já optaram pelo Compost Barn atraídos por resultados ligados ao manejo do rebanho, ao aumento da produtividade e à saúde dos animais. O médico veterinário Dr. Alessandro de Sá Guimarães, pesquisador da Embrapa Gado de Leite na área de Saúde Animal e Qualidade do Leite, explica que o galpão, quando bem projetado e construído, pode oferecer conforto e permite a expressão do potencial produtivo do rebanho, com reflexo significativo na produtividade e reprodução. “Quanto à qualidade do leite, tudo indica que o composto bem manejado, não traz problemas para qualidade do leite, e um dos principais parâmetros práticos a ser avaliado na sala de ordenha é o escore de sujidade de úbere e pernas dos animais, que possuem relação direta com o manejo da cama, que deve ser revirada no mínimo duas vezes ao dia”, afirma.

O sistema pode ainda viabilizar negócios em propriedades menores, pois a estrutura oportuniza aos pequenos produtores uma alternativa para elevar a produtividade do rebanho. De acordo com o pesquisador da Embrapa, a experiência mostra que rebanhos com aproximadamente 70 a 80 vacas em lactação especializadas para produção de leite e que tenham maquinário disponível para revirar a cama do composto, podem viabilizar o galpão de Compost Barn. “Algumas propriedades com esse número de animais em lactação que criavam os animais em piquetes e que confinaram em galpão de composto tiveram melhorias significativas na produtividade e nos índices reprodutivos em função do conforto animal, padronização da nutrição e manejo em geral”, disse.

Atualmente a Embrapa está executando um projeto com avaliação em quatro propriedades dos parâmetros quanto à qualidade do leite, índices reprodutivos, avaliação de conforto animal e das propriedades físico-químicas da cama, cujos resultados serão divulgados em breve. O método concilia a produção e o meio ambiente, visto que se baseia na ação de microrganismos que utilizam a matéria orgânica como substrato.

O Compost Barn pode ainda oferecer maior higiene para o rebanho, contribuir para a redução de problemas de perna e casco, diminuir a contagem de células somáticas (CCS), aumentar a detecção de cio e a produção de leite e diminuir o odor e incidência de moscas. No município de Monte Alegre, o produtor rural e agrônomo João Carlos Semenzini implantou a modalidade em 2014. A propriedade mantém 200 vacas em lactação em Compost Barn com produção média diária de 27 litros de leite/dia por animal. “A principal vantagem desse sistema é que a produção média se mantém estável durante todo o ano. O índice de infecção por mastite também cai significativamente, o que não quer dizer que o produtor deva deixar de fazer os procedimentos de pré e pós ordenha”, disse. Além disso, Semenzini ressalta que o substrato produzido pela cama é um adubo de excelente qualidade. O custo de implantação do sistema de pode ser 50% mais barato do que um free stall. A expectativa é que o sistema pronto custe entre R$ 3.500 e R$ 4.500,00 por vaca.

 

Informações sobre o Compost Barn podem ser obtidas na Embrapa Gado de Leite, pelo e-mail  alessandro.guimaraes@embrapa.br

PM divulga balanço do primeiro dia da Operação Natalina

Na data de ontem, 19/12/2016, a Polícia Militar realizou o lançamento da Operação Natalina na Zona Rural de Uberlândia. Participaram da operação equipes compostas pelos militares da 1ª Cia GER, da 9ª RPM e da Patrulha Rural. Somando 12 viaturas e 38 policiais militares.

De acordo com informações repassadas pelo Sargento PM Carlos Garcia, a ocorrência destaque durante a operação foi:

Maconha:
21 tabletes grandes, 01 tablete pequeno, aproximadamente 3,6kg.
03 buchas de maconha.
09 pés de maconha.
01 cabaça com sementes de maconha.
01 pote com farelo de maconha.

Crack:
22 pedras grandes, aproximadamente 600gr.
38 pedras pequenas.

Cocaina:
02 buchas de cocaina.
01 pote e dois sacos de ácido bórico.

01 balança de precisão

Armas de fogo:
02 armas de fogo, 01 revólver .38 é uma espingarda polveira.
01 pote de pólvora e 02 potes de chumbo.

01 motosserra apreendida.
34 pacotes e 09 maços de cigarro.
01 moto apreendida e 01 produto de crime recuperada
01 autor preso.

Fonte: Polícia Militar

Polícia Militar lança Operação Natalina para a zona rural

A Polícia Militar de Minas Gerais lançou nesta segunda-feira, dia 19 de dezembro, no Sindicato Rural de Uberlândia, intervenção batizada de Operação Natalina. A tática envolvendo 12 viaturas e 38 militares atuará na prevenção de crimes na zona rural do município de forma mais intensa até janeiro de 2017. Para o trabalho foram escaladas todas as Patrulhas Rurais, GERS e efetivo administrativo do 9º Batalhão de Policiamento Especializado para realizarem diversas operações e corredores de segurança na comunidade rural. O intuito é evitar que os crimes migrem para as fazendas uma vez que operações nos mesmos moldes são lançadas na zona urbana no período. A Recomendação da PM é para produtores rurais acionarem a polícia sempre que verificarem situações suspeitas.

Presidentes de sindicatos rurais mineiros discutem melhorias para o setor durante convenção em Uberlândia

Integrantes do Núcleo dos Presidentes de Sindicatos Rurais do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba se reuniram em Uberlândia na quinta-feira, dia 01 de dezembro, para discutir questões prioritárias para a zona rural de municípios da região. O Núcleo integra 45 sindicatos rurais; o encontro contou com participação dos presidentes de cerca de 30 deles e marcou o encerramento das atividades de 2016.

A segurança no campo e o fortalecimento da classe foram os principais temas discutidos no encontro. Weber Bernardes (Ebinho), presidente do Núcleo, ressaltou que o encontro foi positivo, pois deu a oportunidade para que cada representante de sindicato colocasse em pauta as preocupações dos produtores de seu município. “Recebemos as reivindicações de cada sindicato e nosso trabalho agora é formular propostas que serão encaminhadas para a Federação da Agricultura (Faemg) para que ela possa ir até as autoridades competentes para nos ajudar”, disse o presidente. “2016 foi um ano difícil, mas estamos otimistas para 2017. Temos que ir avante pregando o otimismo”, disse o presidente do Núcleo.

Uma das prioridades dos sindicatos é o fortalecimento institucional por meio de maior adesão de produtores. Diante disso, o presidente do Sindicato Rural de Uberlândia, Thiago Soares Fonseca, apresentou uma proposta para atrair mais associados para os sindicatos. “Criaremos uma campanha publicitária institucional para divulgar a importância dos sindicatos para os produtores rurais. Buscaremos apoio da Faemg e envolveremos todos os sindicatos para que os custos fiquem mais acessíveis”, explicou Fonseca. “A ideia é desenvolver uma propaganda na TV que atenda a todas as cidades integrantes do Núcleo e leve o produtor rural a procurar o sindicato para se associar”, concluiu.

Homenagem

homenagem-menor

Durante o encontro, os gerentes regionais da Emater-MG de Uberlândia e de Uberaba, Gilberto de Freitas e Gustavo Laterza, respectivamente, prestaram homenagem ao Núcleo dos Sindicatos em reconhecimento à contribuição ao trabalho da empresa ao longo do ano. “O Núcleo é um dos grandes parceiros da Emater e nos ajuda a levar aos produtores rurais os benefícios que podemos oferecer”, disse Gilberto de Freitas. Na ocasião, os gerentes entregaram aos diretores do Núcleo um certificado de reconhecimento como parceiro destaque da Emater-Mg no esforço cooperado para impulsionar a atividade agropecuária.

Entidades promovem reunião no Sindicato Rural sobre segurança no campo

     O Sindicato Rural de Uberlândia e o Siccob Creditril receberam produtores rurais na manhã desta segunda-feira, dia 21 de novembro, no auditório do Sindicato, para reunião sobre segurança no campo. Participaram do encontro o delegado regional da Polícia Civil, Dr. Edson Rogério de Morais e o subcomandante do 9º Batalhão de Missões Especiais, Major PM Célio Márcio Tameirão Júnior.

A realização do evento, segundo Charles Drake Guimarães Gonçalves, presidente do Sicoob, foi motivada pelo grande número de crimes que vem sendo registrados na zona rural da cidade. “Além das invasões de terras em nossa região, os crimes de assalto e roubo em propriedades rurais aumentaram desde setembro. Portanto essa reunião é para nos unir e tentar minimizar a situação”, disse. Na ocasião os produtores colocaram em discussão as principais reivindicações para os comandantes das polícias.

O presidente do Sindicato Rural, Thiago Fonseca, observou que os crimes atualmente se concentram em determinada região cidade, no quadrante próximo ao Pau Furado. “É muito importante que os produtores coloquem suas demandas diretamente para as autoridades policiais, pois assim reafirmam os pedidos que temos feito por mais segurança no campo reafirmando que o pedido não é nosso e sim de toda a comunidade”, ressaltou Fonseca.

O grupo pretende manter encontros frequentes para discutir a pauta segurança. A próxima reunião acontecerá na segunda quinzena de janeiro de 2017.

Diretoria recebe comandante da 4ª Cia Rural da PM

O comandante da 4ª Cia Rural da Polícia Militar Tenente Genildo Moreira Lima apresentou, nesta segunda-feira (17), aos diretores do Sindicato Rural de Uberlândia, dados estatísticos e estratégias aplicadas à segurança na Zona Rural de Uberlândia.

De acordo com informações apresentadas na reunião, as operações das forças policiais são lançadas em horários e locais com maior registro de ocorrências. Portanto, a recomendação da diretoria do Sindicato Rural a seus associados é que realizem confecção de Boletim de Ocorrência em caso de crimes em propriedades rurais, por menor que seja a gravidade do fato. As ocorrências devem ser comunicadas pelo telefone de emergência da PM, que é o 190 ou diretamente na AISP Rural pelo 3226 6555.

14 de outubro – Dia da Pecuária – Preservação ambiental, gestão social e econômica viabilizam pecuária sustentável

CNA e FAEMG
A produção pecuária moderna cumpre normas que aliam produtividade e preservação ambiental. Hoje é comemorado o Dia da Pecuária.
Uma pecuária sustentável deve promover a preservação do meio ambiente, a justiça social e a viabilidade econômica. Deve ainda atender as necessidades do presente sem comprometer as gerações futuras. Estes são os requisitos defendidos pela CNA para promover a produção pecuária brasileira. A Confederação parabeniza a todos os pecuaristas brasileiros pelo Dia da Pecuária, comemorado hoje, (14/10).
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o rebanho bovino brasileiro possui mais de 215 milhões de cabeças. Os cincos maiores estados produtores são: Mato Grosso, com 29 milhões de cabeças; Minas Gerais, com 23 milhões; Goiás, com 21 milhões; Mato Grosso do Sul, com 21 milhões e Pará, com 20 milhões. Nos últimos 14 anos, as exportações brasileiras de carne cresceram 737%, passando de US$ 779 milhões, em 2000, para o recorde de US$ 6,4 bilhões, no ano de 2014. O Brasil é um dos líderes mundiais em vendas externas do produto, com 21% do mercado internacional.
A pecuária de corte deixou de ser, já há alguns anos, uma atividade extrativista e com baixo uso de tecnologia, sem as devidas gestões técnicas e econômicas. Atualmente, a pecuária moderna cumpre normas aliando produção animal e preservação ambiental, bem como se preocupa com a qualidade de vida dos trabalhadores envolvidos na atividade, buscando otimização financeira entre custos de produção e margens de rentabilidade.
As práticas sustentáveis de produção de proteína animal contribuem com a sociedade civil em âmbito rural e urbano, tanto no provimento alimentício quanto nas condições ambientais, além de sustentação social e econômica na geração de emprego e renda.
Dentro das propriedades as vantagens também são garantidas, principalmente na produção integrada de lavoura, pecuária e floresta, quando se busca o uso racional de recursos naturais incluindo medidas corretivas de fertilidade de solo e o melhor aproveitamento hídrico numa adequada interação entre vegetal, animal e o meio ambiente.
O pecuarista brasileiro oferece ao mercado um produto proveniente de sistemas produtivos sustentáveis com os devidos acompanhamentos dos requisitos necessários. A comunidade científica também vem tentando quantificar a sustentabilidade nesse segmento por meio da difusão de técnicas, tecnologias e práticas, tais como o plantio direto, a integração lavoura/pecuária, a integração pecuária/floresta, o manejo de pastagem e o melhoramento animal. A utilização de metodologias reconhecidas qualitativa e quantitativamente demonstrará o elo existente entre o conceito e seu efetivo resultado prático, possibilitando ao Brasil ser reconhecido e valorizado no contexto internacional de produção sustentável de commodities agrícolas.
EXPORTAÇÃO DE CARNE BOVINA BRASILEIRA PARA OS EUA
Desde agosto, o Brasil está habilitado para exportar carne bovina para Estados Unidos. A abertura do comércio bilateral do produto foi formalizada pelos governos brasileiro e norte-americano. Os frigoríficos interessados em exportar carne bovina in natura para os Estados Unidos deverão pedir a habilitação ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que verificará se a empresa cumpre os requisitos sanitários exigidos pelas autoridades americanas. Caso as normas estejam de acordo, o ministério indicará o estabelecimento aos EUA, que dará o aval à importação da carne bovina in natura, com base no acordo de equivalência. A abertura do mercado americano representa um grande avanço, pois o Brasil vinha negociando sobre o assunto deste o ano de 1999. Além de compradores em potencial, os EUA são referência em exigências sanitárias para produtos como a carne e a abertura poderá incrementar em US$ 900 milhões o valor total das exportações brasileiras de carne bovina.
COMISSÕES DA CNA – a Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte juntamente com a Comissão Nacional de Meio Ambiente, ambas da CNA, acompanham projetos de avaliação sustentável da pecuária brasileira, entre eles: Roadmap da Carne Bovina, ações do Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS), que resultou na construção de um conjunto de ações consideradas essenciais pelo setor para o cumprimento do Código Florestal Brasileiro e na promoção da intensificação da pecuária; e o projeto INPUT (Iniciativa para Uso da Terra) que tem como objetivo maior criar evidências que permitam a regularização perante o Código Florestal Brasileiro, promovendo a produção sustentável da agropecuária brasileira.

Renda gerada por produtores rurais mineiros passará de R$ 60 bilhões em 2016

colheita-soja

A atividade agropecuária deve gerar renda de R$ 61,62 bilhões em Minas Gerais este ano. Comparado a 2015, o Valor Bruto da Produção Agropecuária Mineira (VBP) crescerá 13,18%. A previsão foi calculada pela Assessoria Técnica da FAEMG, com base em estimativas do IBGE e da Conab e dados de mercado divulgados por associações de produtores e consultorias, referentes a agosto.

 

O analista de agronegócios da FAEMG, Caio Coimbra, explica que o crescimento do VBP mineiro foi impulsionado pelos preços médios pagos aos produtores rurais, que no acumulado deste ano subiram 24%: “Os produtos que mais contribuíram para o resultado positivo foram o milho, que pagou 47,7% a mais; o leite, que teve alta no preço de 16,5%, e o feijão, com melhora de 94,3% no valor recebido pelo produtor. O indicador também reflete as consequências da seca na atividade agropecuária. Houve quebra de safras, com destaque para a segunda colheita do milho que provocou aumento do custo de produção pecuária”.

 

Agricultura

O desempenho dos produtos agrícolas, que representam 62,85% do indicador, puxou a alta. A renda gerada pelas lavouras aumentou em 25,2%, com destaque para banana (46,8%), batata (40,9%), café (24,7%), feijão (98,4%), milho (28,7%) e soja (39,7%). As razões do crescimento do VBP são várias. O café teve o valor elevado devido à expectativa de uma grande safra, que deverá ser 27,8% maior do que a anterior. Já o feijão e o milho tiveram produção modesta – o primeiro com uma leve alta de 2,1% e o segundo com queda de 12,8%. Com a diminuição da oferta e a manutenção da demanda aquecida, o valor desses grãos foi elevado.

O VBP da soja tem uma trajetória diferenciada: em Minas, a safra foi 35% maior que a anterior, mas, como a colheita nacional foi 10% menor, a renda dos mineiros aumentou devido à redução de oferta no país. Outro destaque é a banana. A queda de 3,4% na produção da fruta foi compensada pelo aumento de demanda, que elevou os preços médios em 52%. Como resultado registrou VBP 46,8% maior do que o do ano passado. A batata também merece destaque. Apesar de produção ter crescido timidamente (1,6%), a venda do tubérculo mineiro para outros estados elevou os preços em 38,7% e o VBP em 40,9%.

 

Pecuária

O VBP das criações mineiras caiu 1,3% este ano. A renda gerada pelo setor foi estimada em R$ 22,89 bilhões. O resultado negativo se deve à redução na produção de carnes. O pior desempenho foi do Boi gordo (-14%), seguido do suíno (-2,5%) e do frango (-0,5%). Os três segmentos sofreram as consequências da seca. A diminuição das pastagens e da oferta de milho – um dos principais componentes da ração – aumentou os custos de produção e reduziu a produtividade.

O leite também teve queda de produção (-8,3%), porém, os preços pagos ao produtor subiram (16,5%) devido ao crescimento da demanda, o que proporcionou um ganho de 6,8% no VBP. Na contramão, a produção de ovos teve todos os indicadores positivos. A produção cresceu 1,9%; a renda, 17,8% e o VBP, 20%. O resultado é reflexo da alta nos preços das carnes para o consumidor final, que acabou optando pela compra do ovo.

 

FAEMG – Belo Horizonte 16 de setembro 2016