A força do cavalo na economia do Brasil não vem da maçã, e ultrapassa 3 milhões de pessoas, entre criadores, proprietários e trabalhadores
Na última terça-feira (20/03), durante ato em Nova Santa Marta (RS), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou: “estou cansado de ver cavalo comendo maçã”. A ABQM – Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha – a maior entidade equina do país, reprova e rejeita esse tipo de concepção, que transmite uma falsa e equivocada visão do produtor rural, que além de maçã, produz todo o tipo de alimento que serve diariamente a mesa de mais de 200 milhões de brasileiros.
Para nós, a afirmação também é fruto de desconhecimento quanto à importância da criação de cavalos para o país, que possui a quarta maior tropa de equinos do mundo. De acordo com a Federação Internacional da Agricultura (FAO), o Brasil tem 5.496.817 animais, que além de capim, se alimentam de sal mineral e ração, produzidas por muitas empresas que geram milhares e milhares de empregos, e contribui significativamente para o agronegócio em todas as regiões do Brasil.
Cabe ressaltar ainda, que o setor fatura R$ 16 bilhões por ano, emprega cerca de 3 milhões de pessoas e cresceu 12% em 10 anos. Esse número é reflexo do alto investimento em melhoramento genético, nutrição, medicamentos, além da ocupação de veterinários, nutricionistas, treinadores e muitos outros profissionais. E a perspectiva é de que o mercado nacional permaneça aquecido e em crescimento constante.
Por fim, reiteramos que sendo uma associação de raça, onde convivem em paz e fraternalmente milhares de associados criadores, proprietários, competidores e trabalhadores, somos contra a radicalização de qualquer espécie, que nada contribui para as soluções que o Brasil e os brasileiros tanto clamam e necessitam.
São Paulo, 21 de março de 2018.
Edilson de Siqueira Varejão Júnior
Presidente da Diretoria Executiva da ABQM
Sérgio Ricardo Pulzatto
Presidente do Conselho de Administração da ABQM