Entidades promovem reunião no Sindicato Rural sobre segurança no campo

     O Sindicato Rural de Uberlândia e o Siccob Creditril receberam produtores rurais na manhã desta segunda-feira, dia 21 de novembro, no auditório do Sindicato, para reunião sobre segurança no campo. Participaram do encontro o delegado regional da Polícia Civil, Dr. Edson Rogério de Morais e o subcomandante do 9º Batalhão de Missões Especiais, Major PM Célio Márcio Tameirão Júnior.

A realização do evento, segundo Charles Drake Guimarães Gonçalves, presidente do Sicoob, foi motivada pelo grande número de crimes que vem sendo registrados na zona rural da cidade. “Além das invasões de terras em nossa região, os crimes de assalto e roubo em propriedades rurais aumentaram desde setembro. Portanto essa reunião é para nos unir e tentar minimizar a situação”, disse. Na ocasião os produtores colocaram em discussão as principais reivindicações para os comandantes das polícias.

O presidente do Sindicato Rural, Thiago Fonseca, observou que os crimes atualmente se concentram em determinada região cidade, no quadrante próximo ao Pau Furado. “É muito importante que os produtores coloquem suas demandas diretamente para as autoridades policiais, pois assim reafirmam os pedidos que temos feito por mais segurança no campo reafirmando que o pedido não é nosso e sim de toda a comunidade”, ressaltou Fonseca.

O grupo pretende manter encontros frequentes para discutir a pauta segurança. A próxima reunião acontecerá na segunda quinzena de janeiro de 2017.

Diretoria recebe comandante da 4ª Cia Rural da PM

O comandante da 4ª Cia Rural da Polícia Militar Tenente Genildo Moreira Lima apresentou, nesta segunda-feira (17), aos diretores do Sindicato Rural de Uberlândia, dados estatísticos e estratégias aplicadas à segurança na Zona Rural de Uberlândia.

De acordo com informações apresentadas na reunião, as operações das forças policiais são lançadas em horários e locais com maior registro de ocorrências. Portanto, a recomendação da diretoria do Sindicato Rural a seus associados é que realizem confecção de Boletim de Ocorrência em caso de crimes em propriedades rurais, por menor que seja a gravidade do fato. As ocorrências devem ser comunicadas pelo telefone de emergência da PM, que é o 190 ou diretamente na AISP Rural pelo 3226 6555.

14 de outubro – Dia da Pecuária – Preservação ambiental, gestão social e econômica viabilizam pecuária sustentável

CNA e FAEMG
A produção pecuária moderna cumpre normas que aliam produtividade e preservação ambiental. Hoje é comemorado o Dia da Pecuária.
Uma pecuária sustentável deve promover a preservação do meio ambiente, a justiça social e a viabilidade econômica. Deve ainda atender as necessidades do presente sem comprometer as gerações futuras. Estes são os requisitos defendidos pela CNA para promover a produção pecuária brasileira. A Confederação parabeniza a todos os pecuaristas brasileiros pelo Dia da Pecuária, comemorado hoje, (14/10).
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o rebanho bovino brasileiro possui mais de 215 milhões de cabeças. Os cincos maiores estados produtores são: Mato Grosso, com 29 milhões de cabeças; Minas Gerais, com 23 milhões; Goiás, com 21 milhões; Mato Grosso do Sul, com 21 milhões e Pará, com 20 milhões. Nos últimos 14 anos, as exportações brasileiras de carne cresceram 737%, passando de US$ 779 milhões, em 2000, para o recorde de US$ 6,4 bilhões, no ano de 2014. O Brasil é um dos líderes mundiais em vendas externas do produto, com 21% do mercado internacional.
A pecuária de corte deixou de ser, já há alguns anos, uma atividade extrativista e com baixo uso de tecnologia, sem as devidas gestões técnicas e econômicas. Atualmente, a pecuária moderna cumpre normas aliando produção animal e preservação ambiental, bem como se preocupa com a qualidade de vida dos trabalhadores envolvidos na atividade, buscando otimização financeira entre custos de produção e margens de rentabilidade.
As práticas sustentáveis de produção de proteína animal contribuem com a sociedade civil em âmbito rural e urbano, tanto no provimento alimentício quanto nas condições ambientais, além de sustentação social e econômica na geração de emprego e renda.
Dentro das propriedades as vantagens também são garantidas, principalmente na produção integrada de lavoura, pecuária e floresta, quando se busca o uso racional de recursos naturais incluindo medidas corretivas de fertilidade de solo e o melhor aproveitamento hídrico numa adequada interação entre vegetal, animal e o meio ambiente.
O pecuarista brasileiro oferece ao mercado um produto proveniente de sistemas produtivos sustentáveis com os devidos acompanhamentos dos requisitos necessários. A comunidade científica também vem tentando quantificar a sustentabilidade nesse segmento por meio da difusão de técnicas, tecnologias e práticas, tais como o plantio direto, a integração lavoura/pecuária, a integração pecuária/floresta, o manejo de pastagem e o melhoramento animal. A utilização de metodologias reconhecidas qualitativa e quantitativamente demonstrará o elo existente entre o conceito e seu efetivo resultado prático, possibilitando ao Brasil ser reconhecido e valorizado no contexto internacional de produção sustentável de commodities agrícolas.
EXPORTAÇÃO DE CARNE BOVINA BRASILEIRA PARA OS EUA
Desde agosto, o Brasil está habilitado para exportar carne bovina para Estados Unidos. A abertura do comércio bilateral do produto foi formalizada pelos governos brasileiro e norte-americano. Os frigoríficos interessados em exportar carne bovina in natura para os Estados Unidos deverão pedir a habilitação ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que verificará se a empresa cumpre os requisitos sanitários exigidos pelas autoridades americanas. Caso as normas estejam de acordo, o ministério indicará o estabelecimento aos EUA, que dará o aval à importação da carne bovina in natura, com base no acordo de equivalência. A abertura do mercado americano representa um grande avanço, pois o Brasil vinha negociando sobre o assunto deste o ano de 1999. Além de compradores em potencial, os EUA são referência em exigências sanitárias para produtos como a carne e a abertura poderá incrementar em US$ 900 milhões o valor total das exportações brasileiras de carne bovina.
COMISSÕES DA CNA – a Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte juntamente com a Comissão Nacional de Meio Ambiente, ambas da CNA, acompanham projetos de avaliação sustentável da pecuária brasileira, entre eles: Roadmap da Carne Bovina, ações do Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS), que resultou na construção de um conjunto de ações consideradas essenciais pelo setor para o cumprimento do Código Florestal Brasileiro e na promoção da intensificação da pecuária; e o projeto INPUT (Iniciativa para Uso da Terra) que tem como objetivo maior criar evidências que permitam a regularização perante o Código Florestal Brasileiro, promovendo a produção sustentável da agropecuária brasileira.

Renda gerada por produtores rurais mineiros passará de R$ 60 bilhões em 2016

colheita-soja

A atividade agropecuária deve gerar renda de R$ 61,62 bilhões em Minas Gerais este ano. Comparado a 2015, o Valor Bruto da Produção Agropecuária Mineira (VBP) crescerá 13,18%. A previsão foi calculada pela Assessoria Técnica da FAEMG, com base em estimativas do IBGE e da Conab e dados de mercado divulgados por associações de produtores e consultorias, referentes a agosto.

 

O analista de agronegócios da FAEMG, Caio Coimbra, explica que o crescimento do VBP mineiro foi impulsionado pelos preços médios pagos aos produtores rurais, que no acumulado deste ano subiram 24%: “Os produtos que mais contribuíram para o resultado positivo foram o milho, que pagou 47,7% a mais; o leite, que teve alta no preço de 16,5%, e o feijão, com melhora de 94,3% no valor recebido pelo produtor. O indicador também reflete as consequências da seca na atividade agropecuária. Houve quebra de safras, com destaque para a segunda colheita do milho que provocou aumento do custo de produção pecuária”.

 

Agricultura

O desempenho dos produtos agrícolas, que representam 62,85% do indicador, puxou a alta. A renda gerada pelas lavouras aumentou em 25,2%, com destaque para banana (46,8%), batata (40,9%), café (24,7%), feijão (98,4%), milho (28,7%) e soja (39,7%). As razões do crescimento do VBP são várias. O café teve o valor elevado devido à expectativa de uma grande safra, que deverá ser 27,8% maior do que a anterior. Já o feijão e o milho tiveram produção modesta – o primeiro com uma leve alta de 2,1% e o segundo com queda de 12,8%. Com a diminuição da oferta e a manutenção da demanda aquecida, o valor desses grãos foi elevado.

O VBP da soja tem uma trajetória diferenciada: em Minas, a safra foi 35% maior que a anterior, mas, como a colheita nacional foi 10% menor, a renda dos mineiros aumentou devido à redução de oferta no país. Outro destaque é a banana. A queda de 3,4% na produção da fruta foi compensada pelo aumento de demanda, que elevou os preços médios em 52%. Como resultado registrou VBP 46,8% maior do que o do ano passado. A batata também merece destaque. Apesar de produção ter crescido timidamente (1,6%), a venda do tubérculo mineiro para outros estados elevou os preços em 38,7% e o VBP em 40,9%.

 

Pecuária

O VBP das criações mineiras caiu 1,3% este ano. A renda gerada pelo setor foi estimada em R$ 22,89 bilhões. O resultado negativo se deve à redução na produção de carnes. O pior desempenho foi do Boi gordo (-14%), seguido do suíno (-2,5%) e do frango (-0,5%). Os três segmentos sofreram as consequências da seca. A diminuição das pastagens e da oferta de milho – um dos principais componentes da ração – aumentou os custos de produção e reduziu a produtividade.

O leite também teve queda de produção (-8,3%), porém, os preços pagos ao produtor subiram (16,5%) devido ao crescimento da demanda, o que proporcionou um ganho de 6,8% no VBP. Na contramão, a produção de ovos teve todos os indicadores positivos. A produção cresceu 1,9%; a renda, 17,8% e o VBP, 20%. O resultado é reflexo da alta nos preços das carnes para o consumidor final, que acabou optando pela compra do ovo.

 

FAEMG – Belo Horizonte 16 de setembro 2016

Dados do IBGE confirmam o agronegócio brasileiro como principal suporte da economia do país

A produção brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas, na safra 2014/2015, alcançou 204,3 milhões de toneladas, um crescimento de 5,9% em comparação à safra anterior (192,9 milhões de toneladas, em 2014), indica o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em levantamento divulgado nesta quinta-feira (11). Já a estimativa da área a ser colhida é de 57,5 milhões de hectares, acréscimo de 2% frente aos números da safra 2013/2014 (56,4 milhões de hectares). Os números, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) , mostram que o setor agrícola continua sendo a principal âncora da economia brasileira, com oferta regular de alimentos para a população e exportações recordes que garantem superávits regulares da balança comercial.
De acordo ainda com os números do IBGE, em comparação com os dados do mês passado, ocorreu um ganho de 2,3 milhões de toneladas na produção de grãos prevista para o biênio 2015/2016, fato que se deve a ganhos de produtividade da soja e do milho segunda safra. A propósito, a safra da soja deverá colher 96 milhões de toneladas, 11,5% acima dos 86,1 milhões de toneladas da safra anterior. No caso do milho, os números indicam que a segunda safra vai alcançar 49,4 milhões de toneladas, 2% a mais em relação a 2013/2014.
O arroz, o milho e a soja representaram juntos 91,9% da estimativa de produção e responderam por 86,0% da área a ser colhida. Em relação ao ano anterior, ainda segundo o IBGE, houve aumento de 5,4% na área plantada de soja, 0,8% na do milho e, no caso do arroz, ocorreu redução de 3,4% na área plantada. A pesquisa foi realizada entre os dias 17 e 23 de maio, com levantamento sobre área plantada, produção e produtividade média estimada, evolução do desenvolvimento das culturas, dentre outras variáveis.
FONTE: Confederação Nacional da Agricultura

Levantamento indica elevação de custos para produtores de soja na safra 2015/2016

Os produtores de soja, na safra 2015/2016, devem enfrentar elevados custos de produção, os maiores dos últimos anos, devido à valorização do dólar frente ao Real, altas taxas de juros para as atividades de custeio, salários, além do realinhamento nos preços dos combustíveis e da energia elétrica, mostra análise do Campo Futuro, uma iniciativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP).
Ao mesmo tempo, a recente queda na taxa de câmbio abre possibilidade para, no decorrer dos próximos meses, pelo menos os insumos atrelados ao dólar utilizados na produção apresentem alguma redução no preço final pago pelo agricultor. A elevação dos custos, segundo análise do Campo Futuro, pode ser explicada, em parte, pelo atraso ocorrido na compra dos insumos necessários para o plantio da soja na safra 2015/2016.
Assim, com as estimativas de custos e preços recebidos, o produtor terá pela frente margens de lucros mais restritas, que podem ser insuficientes para saldar as depreciações e a remuneração do capital investido.

Situação do milho

É diferente a situação da segunda safra de milho. Espera-se boa produtividade para o cereal, apesar de problemas pontuais ocorridos durante o plantio em consequência das oscilações climáticas, em especial no Sul do país, nos meses de março e abril. No Paraná, houve atraso no plantio da segunda safra de milho devido ao excesso de chuvas durante a colheita da soja, reduzindo a janela ideal para o plantio do cereal.
O estudo CNA/Cepea mostra ainda que a colheita de soja está praticamente encerrada nos estados de Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul e na maioria das áreas plantadas na região Sul. No caso do Oeste da Bahia, Maranhão e de Minas Gerais, o processo está em fase final, também com boas perspectivas em relação aos anos anteriores. Um bom exemplo pode ser verificado em Primavera do Leste, no Mato Grosso, onde a produtividade média pode chegar a 52 sacas/hectare, no caso da soja convencional resistente a herbicidas.
A queda de 3,27% do dólar frente ao Real, ocorrida entre março e abril deste ano, aliviou um pouco os custos do produtor. Mesmo assim, o preço de vários fertilizantes ainda supera as cotações do ano passado, em várias regiões produtoras. Caso essa queda persista – ocorrida nos últimos 2 meses -, os agricultores poderão intensificar o ritmo de aquisição de insumos, que estava enfraquecido até o final do mês passado, abaixo dos níveis praticados em anos recentes.

Leia a análise na íntegra: http://www.canaldoprodutor.com.br/sites/default/files/Ativos_graos_n14.pdf

Fonte: Confederação Nacional da Agricultura

Leilões

Os leilões são ótimas oportunidades de negócios para os pecuaristas. Promovidos pelo Departamento de Leilões do Sindicato Rural de Uberlândia, eles acontecem no Parque de Exposições Camaru, no Tatersal Convencional. A apreciação dos animais é liberada a partir das 15h e os leilões têm início às 16h. Para mais informações, entre em contato com o departamento, pelo (34) 3292-8800. Confira os próximos leilões e agende-se!

  • 28/06 – Leilão Gado de Corte Especial
  • 12/07 – Leilão Nelore e Cruzamento Industrial
  • 26/07 – Leilão Gado de Corte Especial
  • 09/08 – Leilão Gado de Corte Especial
  • 23/08 – Leilão Boi Verde

Medalha Alferes Tiradentes

Na última semana, o presidente do Sindicato Rural de Uberlândia, Thiago Soares Fonseca, recebeu uma das maiores honrarias da Polícia Militar, a Medalha Alferes Tiradentes. A entrega foi feira durante a solenidade de comemoração do aniversário de 240 anos da Polícia Militar de Minas Gerais, em Belo Horizonte.
Criada em 1989, a medalha Alferes Tiradentes é a mais alta comenda da PMMG e tem como objetivo distinguir personalidades e entidades que prestam relevantes serviços à Corporação. Ela é uma referência ao mártir da Independência do Brasil, Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, que deixou na história um valor e exemplo de amor à Pátria.
Parabéns ao presidente Thiago Fonseca e ao Sindicato Rural de Uberlândia!

Mutirão do Cadastro Ambiental Rural

Iniciativa é do Instituto Estadual de Florestas com apoio do Sindicato Rural de Uberlândia

O Instituto Estadual de Florestas (IEF) realizará um mutirão do Cadastro Ambiental Rural (CAR) em Uberlândia, entre os dias 29 de junho e 03 de julho. O atendimento acontecerá no Sindicato Rural de Uberlândia, das 8h30 às 17h30 e é voltado para agricultores familiares com imóveis rurais de até quatro módulos fiscais – o que corresponde, na cidade, a 80 hectares.
Os interessados devem preencher e entregar o formulário Pré-CAR no período de 17 a 25 de junho, no Escritório Regional Triângulo do IEF, que fica na Praça Tubal Vilela, 03, ou na Sede do Parque Estadual do Pau Furado.
O cadastro é gratuito e pode ser realizado somente para o proprietário ou posseiro que seja agricultor familiar. O IEF entrará em contato com os inscritos para agendamento do cadastro. Para mais informações e dúvidas no preenchimento do formulário, ligar para (34) 3088-6466.

Novas pragas ameaçam soja e outras culturas

Lista elaborada pela Embrapa indica 19 insetos que atacam a agricultura global e que podem chegar às lavouras brasileiras

Por Cassiano Ribeiro/ Revista Globo Rural

A agricultura brasileira está vulnerável ao ataque de outras novas e perigosas pragas além da lagarta Helicoverpa armigera, que devastou parte dos campos do país há dois anos, deixando um prejuízo de mais de R$ 2 bilhões aos produtores rurais. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) lista pelo menos 19 ameaças reais somente à soja. Veja a lista abaixo.
Devido à extensão territorial que ocupa, a cultura pode ser ponte para os invasores atacarem plantações de outros produtos, como milho, algodão e feijão. No ano passado, a soja foi cultivada em 31,9 milhões de hectares, 55% da área dedicada aos grãos.
A chegada dos novos insetos está relacionada, na maioria das vezes, à atividade humana. O comércio demercadorias e o fluxo de pessoas entre países elevam as chances de disseminação das pragas. “Existem vários casos de entrada de uma espécie, que se estabelece em plantas espontâneas e, ao longo do tempo, ela se adapta às condições locais e evolui. O bicudo-do-algodoeiro, por exemplo, foi detectado pela primeira vez no Brasil emCampinas, em plantas nos arredores do aeroporto. Mais tarde, a praga inviabilizou a cultura do algodão em algumas regiões do país”, lembra o entomologista da Embrapa-Soja, Samuel Roggia.
Nova mosca
Uma praga que entrou recentemente em território nacional e hoje ameaça com uma nova raça é a mosca branca. O inseto, que suga a seiva e enfraquece ou até mata a planta, foi identificado pela primeira vez nos anos 1990. De lá para cá, vem se adaptando eatacando com maior intensidade diversas culturas como o feijão e a soja.
Agora, ainda há um novo biótipo da mosca, da raça Q. Segundo a entomologista da Embrapa e especialista na praga, Eliane Dias Quintela, essa espécie entrou pelo Rio Grande do Sul em 2012 e é mais forte. “O perigo é que ela pode transmitir doenças que ainda não temos aqui e contaminar outras culturas, como o tomate. A praga também é resistente aos neocoinóides [inseticida] e aos reguladores de crescimento”, ressalta ela. Essa resistência desafia a pesquisa.
Prevenção
A melhor maneira de lidar com a mosca branca é a prevenção, fazendo o manejo adequado de culturas e pragas. “É preciso eliminar as plantas hospedeiras [são mais de 600 espécies], como todas as ervas daninhas presentes atualmente no campo. A maioria é hospedeira dos vírus. Também é preciso evitar o plantio escalonado, cumprir o vazio sanitário para cada cultura e região e incluir controle biológico, usando inseticidas seletivos”, sugere a entomologista.
As mudanças climáticas, mais especificamente no padrão dos ventos e das temperaturas, também colaboram com a infestação e evolução das pragas. O clima tropical do Brasil é um prato cheio, pois “não cabem exceções. Temos clima para todos os tipos de pragas”, ressalta Roggia. “A gente planta praticamente o ano inteiro, temos culturas que o plantio inicia em outubro, depois vem safrinha, depois os plantios irrigados e tudo plantas hospedeiras para pragas como a mosca branca”, acrescenta Eliane.